segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Gilvan de Pinho descarta cancelamento da Liga: "Vamos cumprir a tabela".


Não há mais dúvidas. A Primeira Liga vai acontecer. Gilvan de Pinho Tavares confirmou, na noite desta segunda-feira (25), o cumprimento da tabela do torneio, que se encerra no dia 31 de março, conforme divulgado pela organização. Durante o Troféu Globo Minas, que marca o início do Campeonato Mineiro, o presidente do Cruzeiro e da competição se pronunciou a respeito do imbróglio criado com a nota emitida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O mandatário do campeonato faz duras críticas a Rubens Lopes, chefe da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e garante que a competição será disputada a partir desta quarta-feira (27).
"Evidentemente estamos abertos ao diálogo, vamos continuar a jogar os jogos e vamos cumprir a tabela. Por que, faltando 72 horas, a CBF se coloca no direito de realizar isso? É uma decepção muito grande, mas vamos continuar. Ele (secretário geral da CBF, Walter Feldman) querer atrapalhar o andamento da Liga é um absurdo. A Liga é independente, a legislação brasileira autoriza a criação da Liga. Nós fizemos tudo de acordo com a lei, tudo da maneira correta. Foram muitos meses de trabalho, para que isso pudesse acontecer na última hora", afirmou.
"Tenho certeza que a CBF não vai dar nenhuma punição a nenhum clube, porque não pode, isso não pode. Quem foi ameaçado de punição foram os dois presidentes dos clubes do Rio, porque o presidente da Ferj disse que, por decisão da assembleia geral, eles vão confiscar o dinheiro deles, confiscar da cota de televisão e dividir para os clubes do Rio. E ele não pode fazer isso. Eles vão primeiro para a Justiça Desportiva e depois para a Justiça Comum", acrescentou.
Confiante na realização do torneio, Gilvan de Pinho Tavares explicou o provável motivo da nota emitida pela CBF nesta segunda. Ele crê que as desavenças entre a Ferj e a entidade máxima do futebol acarretaram no problema.
"O que ele (Walter Feldman) me falou foi que ele ficou muito decepcionado com o presidente da Ferj, que o ofendeu demais nesse fim de semana, o que a Liga não tem nada a ver com isso. Já soltamos uma nota oficial, os clubes continuam com eles, foi isso que ficou decidido na última assembleia, e a competição continua", comentou.
"Vamos jogar os jogos de quarta e quinta e estamos abertos para o diálogo com a CBF, não queremos briga com ninguém, não queremos cisão com a CBF. Nós temos 15 grandes clubes do futebol brasileiro jogando a Liga e querendo fazer dela uma grande Liga. A própria CBF já admitiu publicamente que em 2017 a competição será oficial, até com possibilidade de dar uma vaga na Libertadores", concluiu.

Polícia evacua terminal em Roma por suposto homem armado

As autoridades italianas evacuaram nesta segunda-feira a estação central de Roma depois que a polícia detectou a presença de um suposto homem armado em seu interior, que depois não foi localizado.

"Avistado pela polícia ferroviária um homem armado em Roma Termini. Evacuada a área das plataformas de estação", afirmou a companhia estatal de trens da Itália em seu perfil oficial no Twitter.
Foto: EFE


Nas imediações da estação, que já recuperou a normalidade, chegaram vários agentes policiais, que estão tentando encontrar esse suspeito nos arredores do lugar.

A evacuação, segundo as autoridades, durou 30 minutos sem que se tenha encontrado o suspeito.
Foto: EFE

O jornal // publicou em seu site a imagem de um homem que aparentemente caminha pela estação vestido de azul, uma mochila e com o que parece ser uma arma de fogo na mão, apesar de por enquanto não haver confirmações oficiais.

Sua presença, segundo a imprensa local, foi advertida também por vários usuários, razão pela qual rapidamente iniciou-se o protocolo antiterrorismo e os agentes policiais pediram que as pessoas saíssem da estação.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Vaccari assumiu coordenação de propinas em 2010, diz delator



O delator da Lava Jato Milton Pascowitch afirmou em depoimento em Curitiba, nesta quarta-feira (20), que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto assumiu a coordenação do pagamento de propinas ao partido no esquema de desvio de recursos da Petrobras no ano eleitoral de 2010, quando assumiu as finanças do partido.

O empresário, que representava a Engevix, disse ter feito pagamentos ilícitos pessoalmente ao ex-tesoureiro na sala dele no diretório do PT em São Paulo. Os recursos em espécie eram entregues em malas de rodinha, segundo afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato.
Pascowitch diz que conheceu Vaccari no fim de 2009, apresentado por Renato Duque, ex-diretor da Petrobras. Na época, a Engevix havia assinado um contrato de US$ 3 bilhões com a Petrobras relacionado a cascos replicantes –unidades para produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás.
"Já nessa época existe diferenciação muito grande", diz o empresário a Moro. "O grupo político [nome que ele usa para se referir a quem era destinado parte da propina em contratos] já não é mais representado por José Dirceu, apesar de poder indiretamente ter participação, e passou a ser representado pelo João Vaccari."
ELEIÇÕES
A troca de quem "comanda" o recebimento da propina coincide com as eleições e, segundo Pascowitch, com a necessidade de se ter dinheiro imediato, em espécie, e não parcelado ao longo dos anos, como era praxe.
No contrato dos cascos citado pelo empresário, que se desenvolveria por sete anos, "foi feito então acordo e se diminuiu esse percentual [da propina] para que ele fosse liquidado durante ano de 2010. Não foi bem assim, porque ultrapassou para 2011, mas foi fechado o valor de R$ 14 milhões como comissões [propina]", disse Pascowitch.
Desse montante, R$ 4 milhões foram doações registradas para o diretório nacional do PT. Mas R$ 10 milhões Pascowitch disse que foram repassados em dinheiro vivo, entre final de 2009 e meados de 2011.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D'Urso.
STATUS QUO
Também na quarta-feira, em depoimento, o delator Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, disse que o esquema de pagamento de propina por empresas que tinham contratos com a estatal "era para manter status quo", porque se tratava de "uma sistemática que existia e se aprofundou".
No depoimento, o delator voltou a afirmar que percentuais de propina eram destinados a ele, ao chefe, Renato Duque, e ao PT, com intermédio de João Vaccari Neto.
Na ocasião do depoimento, o advogado de José Dirceu, Roberto Podval, afirmou que o que se podia concluir é que "muita gente usou o nome do ex-ministro para ganhar dinheiro". Dirceu está preso desde agosto de 2015, após a delação de Pascowitch e de seu irmão, José Adolfo Pascowitch.